terça-feira, 13 de outubro de 2009

Sunshine

Semana passada foi solicitado em uma das questões da prova bimestral da faculdade que falasse sobre um filme e enfoque fenomenologico dele, eu quis falar sobre o filme Sunshine, mas já tem quase 10 que eu o assisti, não lembrava muito bem das cenas mas consegui temporarlizar, ou será que espacializei para aquele dia em que eu escolhi o filme para assistir, a fotografia da capa do VHS parecia tratar de um romance, mas se tratava de um drama, quando aluguei o filme não imaginei que iria ver a história de 3 gerações de uma familia que sofreu com a terrivel tirania de Hittler, hoje encontrei na internet uma grande descrição do filme, para quem gosta do tema é um bom filme, um bom longo filme.... quero assistir ele novamente,


SUNSHINE - O despertar de um século



TÍTULO DO FILME: SUNSHINE - O DESPERTAR DE UM SÉCULO (Sunshine, Áustria/Canadá/Alemanha/Hungria, 1999)



DIREÇÃO: István Szabó



ELENCO: Ralph Fiennes, David de Keyser, Jennifer Ehle; 179 min.







TEMÁTICA



No filme, o ator Ralph Fiennes vive uma verdadeira metamorfose (pai, filho e neto), interpretando três gerações da família Sonneschein, um clã judeu que vai perdendo sua identidade para sobreviver em meio ao anti-semitismo, guerras e perseguições políticas.



No início do século XX, o esforçado advogado Ignatz, um jovem tímido e apaixonado pela prima-irmã adotiva Valerie, é convidado para o cargo de juiz e aconselhado a trocar seu sobrenome judeu. Para não abrir mão da convivência com o imperador da Áustria-Hungria, Ignatz assina sentenças que legitimam o arbítrio do governo.



Com o assassinato do arqueduque Francisco Ferdinando (herdeiro do trono austro-húngaro) por um grupo nacionalista sérvio, inicia-se a Primeira Guerra Mundial e Ignatz arrasa seu casamento e se afasta dos filhos para participar do conflito.



Seu filho Adam, um talentoso esgrimista, também sofre o mesmo preconceito, sendo obrigado a se converter ao catolicismo para poder participar das Olimpíadas de Berlim, com a cidade já tomada pelos nazistas. Com o crescimento do anti-semitismo, grande parte da família é perseguida e Adam é executado num campo de concentração na frente de seu filho, Ivan. Este, promete vingar o pai, tornando-se um perseguidor de nazistas para o governo comunista instalado no final da Segunda Guerra Mundial.



CONTEXTO HISTÓRICO



O filme de István Szabó é uma bela aula, onde em quase três horas a história da Hungria e alguns dos momentos mais dramáticos do século XX, registram a decadência do Império Austro-Húngaro, a Primeira Guerra Mundial, a ascensão do nazismo, os campos de concentração, a derrota da Alemanha, a ascensão do comunismo no leste europeu, a ditadura dos governos stalinistas e, por fim, a queda dos mesmos na última década do século XX.



A derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial (1914-18) e a humilhação a que fora submetida pelo Tratado de Versalhes, deixaram o país à beira da anarquia e da guerra civil. A República proclamada na cidade de Weimar foi dominada por setores moderados que não conseguiram combater a miséria e nem controlar os movimentos políticos de esquerda. Sob pressão dos militares e de grupos nacionalistas totalitários, como os nazistas, a República de Weimar vivia ameaçada. A situação do país agravou-se com a crise mundial de 1929 atingiu a economia que se recuperava desde 1923, radicalizando as oposições. A articulação entre monarquistas conservadores, setores militares e empresariado, facilitou a ascensão de Hitler ao cargo de chanceler em 30 de abril de 1933.



Alguns meses depois, Hitler estabeleceu um Estado totalitário, com um poderoso e disciplinado aparato paramilitar, destacando-se agrupamentos como as SA (sessões de assalto), e as SS (sessões de segurança), além da Gestapo, a temida polícia política do nazismo.



Caracterizado pelo monopartidarismo, anti-comunismo, anti-liberalismo e um nacionalismo histérico, o nazismo alemão também apresentou um forte componente racista anti-semita, que defendia o "direito" das raças superiores dominarem as raças inferiores. Identificado com o movimento comunista internacional ou com o liberalismo responsável pela grande depressão de 1929, o judeu passou a ser considerado o grande mal que assolava a Alemanha.



Cruelmente perseguidos e excluídos de várias atividades públicas, à partir de 1935 com as leis de Nuremberg, os judeus passavam à condição de cidadãos de segunda categoria, perdendo direitos civis como o direito de casarem-se com "arianos puros". Em 1938 as ações anti-semitas cresciam vertiginosamente. Espancamentos, humilhação de crianças em salas-de-aula, destruição de sinagogas e casas, e até a utilização de sinais identificadores, já faziam parte do cotidiano da Alemanha de Hitler. Em escala mais reduzida o racismo germânico, também estendeu seus crimes sobre outros povos como eslavos e ciganos, além da perseguição sobre homossexuais e deficientes físicos.



A propaganda nazista controlada por Goebbels, supervisionava a literatura, o cinema e sobretudo o rádio e a imprensa, sendo que o pior aconteceria somente durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45), quando tem início a "solução final", que executou cerca de 6 milhões de judeus espalhados pelos vários campos de extermínio nos países europeus dominados pelo III Reich.

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