[...]Marco Polo completou:
- A felicidade não existe pronta, não é uma herança genética, não é privilégio de uma casta ou
camada social. A felicidade é uma eterna construção.
Respirando aliviada, ela indagou:
- Como construí-la?
Como um contador de histórias que passeia pela psicologia, ele fitou seus olhos e discorreu:
- Reis procuraram aprisionar a felicidade com seu poder, mas ela não se deixou prender.
Milionários tentaram comprá-la, mas ela não se deixou vender. Famosos tentaram seduzi-la, mas
ela resistiu ao estrelato. Sorrindo, ela sussurrou aos ouvidos de cada ser humano: "Ei! Procure-
me nas decepções e dificuldades e, principalmente, encontre-me nas coisas anônimas da
existência." Mas a maioria não ouviu a sua voz, e os que a ouviram deram pouco crédito.
- Que lindo! Fale mais sobre o que é ser feliz, meu imprevisível poeta.
- Ser feliz é ser capaz de dizer "eu errei", é ter sensibilidade para falar "eu preciso de você", é
ter ousadia para dizer "eu te amo".
Lembrando de seu pai, ela expressou condoída:
- Muitos pais morrem sem jamais ter coragem de dizer essas palavras aos filhos. Esquecem das
coisas anônimas.
- É verdade. Tropeçamos nas pequenas pedras e não nas grandes montanhas.
Olhando para ele num clima de terno amor, ela falou de alguns temores reais e não frutos de
sua doença. Como amava a poesia, também usou a inspiração.
- Obrigada por você existir. Mas tenho medo de que o nosso amor se evapore como o orvalho
ao calor do sol.
- Em alguns momentos, eu a decepcionarei, em outros você me frustrará, mas, se tivermos
coragem para reconhecer nossos erros, habilidade para sonharmos juntos e capacidade para
chorarmos e recomeçarmos tudo de novo tantas vezes quantas forem necessárias, então nosso
amor será imortal.
Trecho do capítulo 24 do livro de Augusto Cury, O futuro da Humanidade.
Esse livro é excelente, li e recomendo fik na paz fuui.
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