quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O futuro da Humanidade

    [...]Marco Polo completou:
   -  A felicidade não existe pronta, não é uma herança genética, não é privilégio de uma casta ou
camada social. A felicidade é uma eterna construção.
    Respirando aliviada, ela indagou:
   -  Como construí-la?
    Como um contador de histórias que passeia pela psicologia, ele fitou seus olhos e discorreu:
   - Reis  procuraram  aprisionar  a  felicidade  com  seu  poder,  mas  ela  não  se  deixou  prender.
Milionários tentaram comprá-la, mas ela não se deixou vender. Famosos tentaram seduzi-la, mas
ela resistiu ao estrelato. Sorrindo, ela sussurrou aos ouvidos de cada ser humano: "Ei! Procure-
me  nas  decepções  e  dificuldades  e,  principalmente,  encontre-me  nas  coisas  anônimas  da
existência." Mas a maioria não ouviu a sua voz, e os que a ouviram deram pouco crédito.
   - Que lindo! Fale mais sobre o que é ser feliz, meu imprevisível poeta.
    - Ser feliz é ser capaz de dizer "eu errei", é ter sensibilidade para falar "eu preciso de você", é
ter ousadia para dizer "eu te amo".
   Lembrando de seu pai, ela expressou condoída:
   - Muitos pais morrem sem jamais ter coragem de dizer essas palavras aos filhos. Esquecem das
coisas anônimas.
   - É verdade. Tropeçamos nas pequenas pedras e não nas grandes montanhas.
   Olhando para ele num clima de terno amor, ela falou de alguns temores reais e não frutos de
sua doença. Como amava a poesia, também usou a inspiração.
   - Obrigada por você existir. Mas tenho medo de que o nosso amor se evapore como o orvalho
ao calor do sol.
   - Em alguns momentos, eu a decepcionarei, em outros você me frustrará, mas, se tivermos
coragem  para  reconhecer  nossos  erros,  habilidade  para  sonharmos  juntos  e  capacidade  para
chorarmos e recomeçarmos tudo de novo tantas vezes quantas forem necessárias, então nosso
amor será imortal.
  
Trecho do capítulo 24 do livro de Augusto Cury, O futuro da Humanidade.

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