“Comece em você tudo aquilo que quer mudar no outro”
Hoje essa frase veio me chamar a atenção, ela estava num convite para uma palestra; a pouco chego de uma outra palestra que entre outras tantas coisas falava justamente sobre o conteúdo dessa mesma frase...
Muitas vezes nos vemos apontando o defeito do outro, o problema do outro, a vida do outro, de maneira crítica. Parece que sempre temos a solução para os problemas do próximo, é só ele ser mais positivo, é só ele ser mais corajoso, mais determinado, menos responsável ou mais responsável; palpitar a vida alheia é fácil, difícil é olhar os próprios problemas.
Sempre me pego pensando na vida das pessoas que me cercam, vejo tantas pessoas repetindo os mesmos erros, buscando caminhos errados, achando que estão no certo, outros parados no tempo enquanto o tempo passa, fico pensando maneiras para ajudar, maneiras para mostrar a eles como tudo pode ser mais simples. Então hoje me deparo com essa fatídica frase:“Comece em você tudo aquilo que quer mudar no outro”.
Nessa palestra que acabo de chegar, o palestrante usou uma história para ilustrar uma de suas respostas a uma questão bem pertinente; alguém começou contar que desejava montar um tipo de projeto para dar suporte às gestantes carentes, orientando-as e de certa maneira ensinando sobre o desenvolvimento embrionário, a capacidade e potencial do cérebro, etc... afim de que essas crianças, de certa forma mais estimuladas, pudessem no futuro ter mais oportunidades. Então o palestrante falou sobre o homem que observava um casulo, de onde uma borboleta se esforçava para sair, olhando a dificuldade da borboleta o homem querendo ajudar abriu um buraco no casulo, para facilitar a saída da borboleta, mas bem se sabe que aquele esforço era necessário à borboleta, para que ela ganhasse força em suas asas, para que pudesse livre do casulo voar. Interessante que estou montando um trabalho para uma amiga e nele contém essa história, A lição da Borboleta, e hoje novamente ouço essa história, e agora faz sentido a mensagem para minha vida. Quando nós mesmos nos colocamos no lugar da frágil borboleta, lutando para sair do casulo, percebemos, sem esforço não ganharemos força para enfrentar a vida, se aceitarmos uma mão inadvertida que nos é estendida, afim de facilitar nossa prova, talvez não teremos forças na prova que vem a seguir.
Por isso é interessante intervir primeiro na própria vida, começar em nós mesmos aquilo que queremos mudar no outro.
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