domingo, 10 de janeiro de 2010

Poliamor



Hoje um artigo me chamou a atenção num jornal argentino (Clarín), Mucho más que dos: el insólito mundo del poliamor, ou seja, Muito mais que dois: o insolito mundo do poliamor. Fui lendo e fui achando aquilo um pouco absurdo, mas vivendo nessa sociedade louca acho que tudo é possível... ou pelo menos parece possível. O tal do relacionamento aberto, apesar de relacionamento aberto não ser sinônimo de poliamor. Começou nos Estado Unidos, só podia né, e tem se difundido no mundo, eu tomei contato com essa nova onda agora, mas parece já ter uns 20 anos. 
Claro o poliamor foge das normas sociais e não é bem aceito, não é pra menos, mas é um movimento que vem crescendo, bom a Globo já representou isso no seriado Aline, que foi inspirado nos quadrinhos de Adão Iturrusgarai, que conta as histórias de uma jovem que tem dois namorados. O artigo que li trás a seguinte explicação: nossa época se caracteriza pela busca de individualidade, e começa a deixar de ser atrativa a ideia de fusão. O amor romântico começa a sair de cena, levando a exigência de exclusividade. Trás o relato de pessoas que se sentem felizes na condição de polígamos, como Matías que diz não acreditar na fidelidade, assim vive com sua companheira que não é a única com quem está, "Havia uma relação estável e, em seguida, foi se transformando. Eu nunca acreditei no conceito de fidelidade, mas nos primeiros anos se dava naturalmente. Então, os primeiros sinais de que queria abrir para os outros, nós nos separamos. Mas voltamos juntos, porque o amor era forte, e vimos que não era nada estar sexualmente com os outros, nós poderíamos ser um casal. "
Se verificarmos na antiguidade toda mulher pertencia a todos os homens e vice e versa, assim que com o sistema patriarcal começo a se exigir fidelidade da mulher, já que o homem tinha medo de criar o filho de um outro, e depois com o cristianismo a fidelidade começou ser exigida para ambos os sexos. Bom acho que Niezsche acharia tudo isso muito normal.
Para a Psicóloga Fanny Libertun, essa premissa só poderia funcionar entre pessoas sãs e maduras, que tenham elaborado o conflito primário com o triangulo mãe, pai, filho, que são muito poucos, para que se possa conter os sentimentos de ciúme, competitividade e outros. 
Pra mim é uma ideia difícil de aceitar, se eles conseguem conviver num sistema assim, e aceitam naturalmente acho que devem ser realmente pessoas com um certo grau de elevação, porque no mundo neurótico que vivemos eu acho quase impossível que algo desse tipo funcione, pra mim é quase impossível sair da norma da monogamia, ainda acredito no amor romântico e nas histórias de almas gêmeas e na fidelidade.



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