Uma comédia romântica às vezes vai além dessa categoria e gosto muito quando isso acontece, alguns criticaram a falta de piadas no filme, eu achei um filme inteligente com um bom roteiro, fiquei bem entretida e me diverti com a história.
A modernidade tem nós levado a conquistas, mas essas conquistas muitas vezes implicam em perdas. Thomas Robinson, o ator mirim que atuou como Sebastian merece elogios, atuou maravilhosamente como um pequeno neurótico, colecionador de porta retratos. Como as crianças tem uma facilidade de criar mecanismos através da brincadeira para superar seus conflitos e aflições, através da coleção de porta-retratos o pequeno Sebatian podia criar sua família ideal; tudo que o pequeno queria era um pai.
Gostei também da maneira como o tema neurótico foi tratado, Wally (Jason Bateman) era o típico neurótico, que pensa muito e na maioria das vezes não se arrisca emocionalmente, um ato de loucura num momento de embriagues mudou a vida dele. Quando ele se reconhece no filho é um dos momentos mais interessantes, a paternidade não o assusta, o que o assustava era ter recalcado a troca do sémen, Sebastian era sua versão miniatura, o que fazia com que Wally o compreendesse muito bem, e o que fazia com que Sebastian se sentisse protegido, mesmo desconhecendo a verdade já o tinha elegido como pai.
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