Descartáveis, assim estamos nos tornando, todos nós. Sou descartável, quando não digo, não respondo aquilo que o outro quer ouvir, nesse momento sou esquecido, deixado de lado, ignorando. Sou necessário, quando posso ser útil, quando tenho potencial para suprir alguma necessidade do outro, seja ela de qualquer nível, intelectual, profissional, afetivo, de locomoção, ou de acomodação. A sociedade, principalmente a ocidental, é muito individualista, não pensa na coletividade, pensa apenas naquilo que convém, naquilo que pode lhe ser útil, naquilo que lhe pode dar ganhos pessoais.
Acredito que todos nós, estamos interligados, que cada um de nós faz parte de uma rede, de uma rede de interesses mútuos, onde o que você ganha, ganho junto, onde eu ganho você ganha também. Se eu ajudo à alguém, de maneira desinteressada, o próprio universo, cria possibilidades para que eu possa receber de alguma maneira, a bem feitoria de volta. Como lei de causa e efeito. Se eu faço pelo outro, esperando pelo pagamento, de uma certa forma, estarei gerando mais dívidas para mim mesmo.
Estamos vendo, dia a dia, catástrofes, guerras, violência sem fim, não podemos dormir em paz, não nos sentimos seguros, não podemos confiar em ninguém; estamos nos tornando, todos, descartáveis. Se não estou descartando, estou sendo descartado, basta não estar sendo útil aos interesses dos demais, interesses esses que visam apenas a individualidade e não a coletividade, acredito que está na hora de fazermos uma reflexão sobre isso, até onde estou sendo útil, e como estou sendo útil? Tenho sido descartado? Tenho descartado pessoas? Tenho ajudado ao próximo desinteressadamente? Ou tenho buscado apenas meus próprios interesses doa a quem doer?
Nunca é tarde para rever seus próprios conceitos. Acredito que o altruísmo, mesmo fora de moda possa ser colocado como meta na vida daqueles que desejam um mundo melhor. Como tudo na vida devemos exercitar nosso altruísmo, deixar de lado sentimentos negativos como o egoísmo, valorizar o próximo, valorizar a si mesmo, viver em comunhão.
Agora tudo isso me fez lembrar do filme: "O dia em que a terra parou".
Issoae!
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