quarta-feira, 10 de abril de 2019

O novo, e o novo velho.




Eu costuma brincar quando comprava algo usado, que era algo novo, mas ainda era velho, pra mim era um novo, velho. Hoje com a expansão da internet e com o avanço das redes sociais muita coisa repaginada tem chegado até cada um de nós. Assim as músicas do passado tem voltado em novas versões, com cantores desconhecidos, ou com conhecidos cantores, e hoje encontrei uma antiga canção, na verdade várias antigas canções com novas versões, uma delas foi a Sangatsu Kokonoka, uma música japonesa que foi tema de uma novela muito dramática, que baseada em fatos reais contava a história de uma jovem com uma doença degenerativa, a novela foi baseada nos diários que a menina escreveu durante sua doença, a música toda é linda mas eu hoje me peguei num pequeno verso: "Tem coisas que não vejo do jeito que planejei, mas quando olho pro céu, até isso parece pequeno", essa a tradução desse pequeno verso.
Muitas vezes nos pegamos presos nos nossos planos e projetos, esperando que de alguma forma eles se concretizem, e tão fixados no resultado perdemos todo o trajeto, todo o caminho que nos leva aos objetivos, e frustrados nos sentimos quando além de perder a caminhada toda, não encontramos o que procurávamos, e muitas vezes nem notamos que existe algo muito maior, melhor e perfeitamente preparado para substituir aquele desejo que nem seria o que nos faria de verdade felizes.
Nessa mesma música tem um outro trecho que diz: "Se eu fechar os olhos, você está atrás das minhas pálpebras, e quanto isso me faz forte? Eu também quero ficar assim para você" é simples enxergar nem precisamos estar de olhos abertos, em muitos momentos são os olhos fechados que nos permitem ver melhor, porque é dentro de cada um de nós que se encontra o verdadeiro sentido da existência mas teimamos em procurar o sentido fora.
Teimamos em esperar que algo externo venha e nos dê sentido, que nos complete ou que nos dê algo diferente, e que esse algo externo possa fazer uma diferença nas coisas tão iguais que vemos nos nossos dias. Então de tanto procurar ficamos cansados, frustrados, desanimados e ainda assim culpamos a falta desse algo externo. Toda a nossa riqueza, alegrias, realizações encontram-se dentro de nós, internamente, você pode até encontrar fontes externas de realização, mas para sentir algo bom, tem que ter algo bom dentro, que possa ser desperto, se você não cultivou, não aprendeu a sentir, nada vai adiantar encontrar. Você só pode ver amor, se estiver de olhos fechados, e por trás das suas pálpebras conseguir enxergar você mesmo e sentir amor.

Um comentário:

  1. Em todos os teus textos falam da tua vivência é como se fosse o teu diário, é interessante como abordas os assuntos.

    Continua é pena não teres mais comentários, mas isso também não importa.

    Fica bem

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