terça-feira, 20 de abril de 2010

"As escolas fecham os olhos ao bullying"

Essa semana na revista Isto É, uma entrevista me chamou atenção, "As escolas fecham os olhos ao bullying", quem fala sobre o assunto é o especialista Allan Beane. Começa falando dos sintomas que a pequena princesa do Japão, Aiko, apresentou e a fez faltar 6 dias na escola, Aiko tem 8 anos, depois de ser zombada por coleguinhas na escola apresentou dores de estomago e ansiedade, depois desse exemplo segue outro cruel, uma garota de 15 anos suicidou-se, nove adolescentes foram indiciados após os suicidio, que possivelmente foi motivado por bullying. Eu acredito que de alguma forma sempre existiu entre as crianças uma forma de bullying, mas atualmente ele tem sido mais cruel. Para Beane hoje os pais são muito permissivos, ou agressivos demais, a sociedade está cada vez mais violenta, e as novas gerações parecem insensíveis a essa violência por estarem tão acostumadas a ela.
O que me chamou atenção de fato foi uma parte grifada que dizia: "A existência de um "melhor amigo" reduz drasticamente a duração e o sofrimento da vítima de bullying", com certeza ter amigos e fazer parte de um grupo pode proteger e fortalecer a auto-estima das crianças. Eu acredito que o sistema educacional hoje enfrenta diversos problemas, um deles é essa exagerada permissividade, os professores já não possuem a autoridade devida. Me lembro ainda dos meus tempos de pré-escola onde o professor precisava falar apenas 1 vez para ser ouvido, compreendido e obedecido. Hoje em dia é diferente, não existe mais respeito aos mais velhos, ou aos superiores. Hoje estou na faculdade, vejo que as gerações mais novas tem uma visão totalmente diferente da minha, eu fui criada ainda num sistema meio autoritarista, e continuo achando que quem manda é o professor, enquanto as novas gerações querem ser os donos da verdade. Tenho saudades daquela minha época de criança, porque era divertido e fácil ser criança, hoje em dia pode até ser torturante. Me lembro que existiam crianças perversas, maldosas, mas eu tinha amigos, e nós tentavamos nos defender como dava, hoje em dia parece que é cada um por si, mesmo entre as crianças. Quando os contos de fadas tinham seu valor simbólico, de o bem vence o mal, tudo era mais simples, hoje a televisão, os filmes, os novos modelos de herois, muitos preferem ser o lado mau da história, o vilão, porque o bonzinho sofre demais. Eu acho que mesmos esses pequenos vilões, poderiam receber algum tipo de olhar especial, os pedagogos hoje enfrentam situações complicadas, existe a necessidade de criar e estabelecer novas maneiras para lidar com essa geração, restabelecer o respeito, de certa forma, restabelcer a autoridade do educador, educador esse que não é apenas o professor, mas também o pai, a mãe, o avô, a avó... talvez fosse necessário pensar num educador para o educador.
Tem aquela frase: Gentileza gera Gentileza, e é bem isso que deveria ser plantado na infância, existem pais que sentem orgulho por ter filhos valentões, um absurdo!Os pais devem sentir orgulho dos filhos quando esses são exemplo pra sociedade, e não quando eles a tornam um caos, ferindo aos outros, fisica ou psicologicamente, devem ter orgulho dos filhos que ajudam o próximo, que melhoram a vida e o meio em que viviem, não ter orgulho de um filho que leva um outro ser humano a desistir da vida.

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