terça-feira, 24 de julho de 2012

Viajantes do tempo.

Estava pensando numa conversa que tive outro dia com um amigo, falávamos sobre as visitas que fazemos ao passado. Vira e mexe voltamos a pensar nos momentos que vivemos, nas histórias vividas e que hoje estão nesse lugar que chamamos de "passado", e é curioso, quando visitamos essas histórias a pessoa que volta lá, já não é a mesma. A qualquer momento podemos visitar o passado, mas tudo aquilo que está lá atrás acaba sendo revivido e transformado pela pessoa que somos hoje, por esse viajante do tempo, hoje talvez mais maduro, mais sofrido, ou mais feliz. 
Todas as experiências que vivemos são alicerces para nossa vida, tudo o que vivemos nos move para um lugar, um lugar desconhecido, que chamamos de "futuro", podemos também visitar o futuro, mas todas as imagens lá encontradas são idealizações, são como sonhos, que podem ou não tornar-se reais. Somos como viajantes do tempo, usando do instrumento mais engenhoso do universo para tal feito, a mente. Mas o mais importante, é o que está sendo vivido nesse momento, o momento mais importante é o nosso hoje. 
Daí hoje, estava lendo um dos capítulos do livro do Augusto Cury, Nunca Desista dos seus Sonhos, e que falava justamente de uma das teorias desse autor, de que não existe lembrança pura do passado, o presente para ele é a releitura do passado, um processo contínuo, que indica uma revolução criativa em cada ser; e veio a reforçar a ideia de que ao pensar no que foi vivido, apenas o construímos novamente, a partir de uma nova ótica, a partir de uma nova pessoa que é a pessoa que vive no presente, nesse momento. 
Então fui visitar o passado, fui relembrar alguns momentos, e ao revivê-los tive exatamente essa sensação, de que não estou mais lá, quem esteve lá já se transformou, pelo tempo, já é outra, e quando volta, volta ciente de que cada dia é uma oportunidade, que errar algumas vezes faz parte, porque é através dos erros que temos oportunidade de buscar os acertos. Corrigindo aqui, melhorando lá; alguns tombos nos tornam mais eficientes em levantar com mais rapidez, alguns obstáculos nos tornam mais eficientes em resolver problemas, alguns atrasos nos permitem desenvolver a paciência, e assim vamos aprendendo que nenhuma dor dura pra sempre, e que tudo é possível. Tem um personagem do filme A Era do Gelo, que diz: Mamãe disse que em cada canto tem um arco-íris; se soubermos olhar, encontraremos em cada canto esse arco-íris. 

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