quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

De mãos atadas, com os olhos vendados,
sigo em direção ao desconhecido.
A intuição me guia e me leva,
tenho fé que esse caminho
não me levará a nenhum abismo.

Em alguns momentos um pequeno buraco
me fez pensar que nunca mais encontraria o chão
mas o chão sempre esteve lá,
ainda que os olhos estivessem vendados, 
ainda que com as mãos atadas
eu sei que devo persistir no caminho escolhido,
sei que tudo que não vi não me foi útil,
não me foi necessário, 
sei que vai chegar a hora de tirar as vendas,
de soltar as mãos,
de lançar-me finalmente ao infinito,
num voo seguro, num voo feliz.

Finalmente ver o que há para ser visto,
o campo das flores com suas cores radiantes,
o sorriso singelo daquele que me ama.

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