sábado, 20 de novembro de 2010

Caminhos

Uma bifurcação,
era sempre o que eu encontrava
bem a minha frente,
a estrada se dividia em duas,
e por qualquer lado que eu fosse
a incerteza caminhava junto comigo.

Becos sem saída, 
todo um longo caminho percorrido 
aparentemente em vão,
o longo regresso, ao ponto inicial
ensina que nunca é tarde para se recomeçar,
e o caminho tomado no regresso
nunca é o mesmo pelo qual já se passou,
o nosso olhar sempre muda,
amadurece.

O caminho de volta parecer ser sempre mais curto,
parece ser sempre mais familiar, 
apesar das mudanças deixadas pelas estações.
Recomeçar nos permite olhar mais uma vez,
olhar com mais atenção;
escolhendo a melhor direção.
Até chegar no ponto,
no ponto onde as bifurcações acabam,
onde existe apenas um caminho a seguir,
onde a estrada longa e aparentemente infinita
leva ao paraíso antes apenas imaginado.

Errar o caminho algumas vezes,
torna a aventura emocionante,
torna a busca gratificante
a cada passo, a cada nova cor,
a cada nova sensação.
A cada encontro, a cada despedida.
A cada nova amizade conquistada.
Com certeza a felicidade encontra-se
não no destino, mas na viagem feita
através dos mais inusitados caminhos, 
até o ponto elementar.

Por isso caminhos errados 
também são caminhos, 
caminhos para os peregrinos,
peregrinos na rota da viagem da existência.

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