quarta-feira, 30 de dezembro de 2009



Já não sei o que tem depois daquela colina,
Chuvas passaram, ventos fortes,
várias primaveras, muitos verões
e eu já não sei o que tem lá depois da colina,
O caminho até lá é o mesmo,
estou vendo, ele não mudou
mas meus olhos só podem ver até aí
Só é possível olhar para além da colina estando lá
passando a tão conhecida rua de pedras,
atravessando o rio das graças,
subindo pelos degraus de madeira
que um dia alguém colocou lá
e chamou de escada da esperança.

Já nem me lembro direito o que existia lá,
passado os degraus da esperança eu recordo
tinha um perfume especial, isso não me esqueço,
mas já não tenho certeza se tudo era verde oliva,
ou se tudo era verde pistache.

Para mim talvez, naquele tempo não importava muito
o que existia ali, depois daquela colina, não importava o tom de verde
importava apenas estar ali, sentir aquele perfume
ah sim, existiam árvores lá, porque me lembro
podia ouvir cantar os pássaros, podia ouvir as folhas balançando
Aquele perfume era especial, talvez viesse da verde grama, ou
das flores que cobriam a colina;

Não tenho certeza, já não me lembro bem,
Ficaram algumas impressões, alguns flashes de imagens,
de tudo aquilo que existia além da colina,
Talvez tudo ainda esteja lá, ou já se tenha desmanchado com o tempo
Só vou saber subindo lá
No alto daquela colina

Nenhum comentário:

Postar um comentário