quinta-feira, 1 de setembro de 2011

127 horas


Hoje ao assistir o filme 127 horas me coloquei a pensar sobre tanta coisa, vi durante algumas cenas pequenas formigas passarem sobre nosso protagonista, demonstrando quanto pequenos também somos, quando perdidos no meio do nada. 
Aron diz que estava destinado a encontrar aquela pedra, aquela pedra que mudou a vida dele, que o levou passar 127 horas consigo mesmo de fato e tomar decisões incrivelmente necessárias. Quando ele saiu sem avisar a ninguém para onde ia, querendo isolar-se do mundo não imaginava o que estava para acontecer, quando agente sai pela porta de casa também pouco sabe sobre o que nos aguarda, até fazemos planos, até sabemos onde queremos ir, mas se chegaremos de fato, isso só caminhando pra saber. Agente não prevê e por isso não se previne, Aron tinha provisões apenas para aquele dia de sábado, pouca água, pouca comida, nenhum agasalho.
Prestes a desistir da própria vida ele tem uma visão, um menininho a sua frente, um menininho que brinca feliz com ele, é seu filho, o filho que ainda não tem, e que levando a vida que levava talvez não tivesse. O desejo de continuar então brota novamente, nessa cena me peguei pensando no quanto somos egoístas por pensar que nossas decisões competem só a nós mesmos, afetamos todo o universo com nossas decisões.
Ao optar pela vida, não apenas dele mas também daquela criança, Aron amputa o próprio braço, num gesto corajoso pela sua vida. De qualquer maneira continuar ali preso o mataria, logo sem comida, sem água, seu corpo iria a falência, a única chance era livrar-se daquilo que o prendia, a pedra não sairia do lugar infelizmente.
A dor por que Aron passou nem consigo imaginar, mas acredito que a alegria hoje por estar vivo supera toda dor. Aron é a prova viva de que a vida vale a pena, não devemos abandonar a luta mesmo quando o obstáculo for imenso e parecer intransponível, sempre existe uma maneira.
Não desista!

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