segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Comer, Rezar e Amar

O filme é maravilhoso, acho que a atuação de Julia Roberts como protagonista deu um ar muito leve e especial à história. Eu não li o livro, por isso não posso fazer comparações, sempre o filme perde detalhes, a adaptação da história acaba resumindo alguns pontos ou até os transformando, e acho que foi até bom não ter lido o livro pra agora ficar curiosa por esses detalhes.
Li alguns comentários aqui e ali, e a maioria dizia ter se emocionado com a parte do Amar, eu também me emocionei, mas não com o amar do ponto onde ela encontra o par romântico, mas o amar no altruísmo que ela demonstrou ao ajudar a menina Tutti e sua mãe; já que ela estava viajando e não daria uma festa de aniversário em Nova Iorque, pediu aos seus amigos que com certeza gastariam comprando presentes pra ela, que fizessem doações a menina Tutti, e pediu isso com uma grande simplicidade, esse foi seu presente de aniversário, e claro a alegria da pequenina e de sua mãe dinheiro nenhum do mundo paga, e aquela alegria alimenta a alma tanto quanto o próprio ar que respiramos.
Hoje em dia é natural tantas crises existenciais, principalmente entre as mulheres, com toda a revolução que a vida feminina passou. Liz realizou o sonho de toda mulher, dar-se um tempo, reaprender a apreciar as coisas tão triviais que esquecemos de dar atenção com a correria do dia-a-dia; comer, por exemplo, coisa tão simples, todos os dias comemos, todos os dias temos que fazer pelo menos uma refeição, nem que essa seja um bolinho na padaria da esquina, e quando comemos, entre uma mordida e outra, esquecemos de apreciar o momento, mastigamos o alimento junto com as mais diversas preocupações. Não precisamos ir até a Itália pra reaprender comer, podemos fazer em qualquer lugar do mundo, sabor é um tipo alegria que se coloca pra dentro.
Rezar, essa parte acho que é muito importante, rezar nos eleva, porque nos coloca em sintonia com nós mesmos, além de rezar perdoar-se e livrar-se das culpas que nos acorrentam, pra meditar não precisamos ir até a Índia, podemos aprender tantas coisas quando olhamos em volta, ou quando olhamos pra nós mesmos, difícil é parar, respirar e não pensar em nada não é?! Como seria bom que cada um de nós pudesse ter a oportunidade de um momento, de umas férias como a de Liz; mas podemos tentar dentro das nossas possibilidades fazer algo bom por nós mesmos, no lugar onde estamos mesmo.
Amar, o amor é que move tudo, o equilíbrio que buscamos está exatamente no ponto onde só o amor reina, quando amamos a nós mesmos, amamos o que ingerimos, o que ouvimos, o que falamos, o que construimos, o que abraçamos, o que somos, o que fazemos, o lugar onde estamos... as pessoas que nos cercam.

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